É melhor sentir do que 'ver'
Benedicto Floriano de Lima
O ser humano, na maioria das vezes, quer porque quer ver, dá mais valor ao ver e se esquece do sentir. Se todos sentissem mais do que vêem, indubitavelmente a vida neste planeta Terra seria menos pesarosa. Porém, vivem voltados única e exclusivamente para a matéria, dando muito valor ao que quase nenhum valor tem porque tudo deste mundo é muito passageiro em confronto com o infinito sideral, onde não há tempo, nem ponto de referência, deixando de existir o espaço, grandezas da física humana deste minúsculo mundo.
Aqueles que se dedicam ao estudo espiritual-científico sentem a realidade em si mesmos, ou à sua volta, e têm a percepção das duas vidas, a visível e a invisível. A visível é aquela onde seu corpo físico está aí, realizando maravilhas ou não, dependendo dos pensamentos que tenha, através do raciocínio lógico e do uso da inteligência e do livre-arbítrio, voltados para o bem do seu semelhante. A vida invisível é aquela que move o seu corpo físico e sua aura, produzindo o raciocínio lógico, a inteligência, os pensamentos e o livre-arbítrio, que conserva seu corpo físico aquecido e preparado para tudo.
Então, o ser pergunta: "Como não vejo nada disso?" Evidentemente, se visse não seria vida invisível. A vida invisível é de todos os espíritos, encarnados e desencarnados; nós a sentimos, mas não a vemos; como o oxigênio, que ninguém enxerga e, entretanto, entra no corpo físico, nos vegetais e alimenta esses corpos; o vento, o calor, a eletricidade que sentimos no corpo físico, mas que não vemos, porque são invisíveis como o espírito ou a alma, para quem preferir.
À noite, olhamos para o alto e vemos uma infinidade de pontos de luz, cintilantes ou não, e, vez ou outra, a lua cheia. Que cenário maravilhoso! Pela manhã o sol vem surgindo a Leste e, olhando a Oeste, ainda vemos aquela lua grande, esbranquiçada, até que os raios solares fortes tiram de nossa visão a imagem lunar. Porém, sabemos e sentimos que aqueles pontinhos luminosos de antes, tais como a Lua, ali, continuam e que nossa visão material não consegue vê-los. Assim acontece também com o espírito encarnado ou desencarnado: sentimo-los, mas não os vemos.
Em virtude deste estudo analítico, em que usamos nossa inteligência e raciocínio lógico, como sugere o Racionalismo Cristão, para que, pesquisando e analisando, cheguemos a uma conclusão, estamos convictos da existência da vida invisível, que tanto nos poderá ajudar, como nos prejudicar nesta existência terrena, dependendo de nossos pensamentos e de nossas ações. Como ser humano, você já pensou nisso?
O autor é presidente da Casa de José Bonifácio, SP
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