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O poder de concentração

Antonio Cristovam Monteiro

A concentração é o mecanismo de que a mente dispõe, guiada pelo livre-arbítrio no direcionamento dos caminhos a seguir na batalha da luta pela vida. Requer, como medida inicial, o delineamento de um objetivo definido. O caminhar para o alvo a que se objetiva exige disciplina adequada, senso para a escolha dos pensamentos afins, depositados nas profundezas do inconsciente, arca do tesouro espiritual do conhecimento, comum a todos.

O momento propício para a fixação do objetivo desejado é o do completo relaxamento físico refletindo tranqüilidade espiritual, a sós em ambiente isolado, o que se consegue com maior eficiência momentos antes de deitar e ao levantar pela manhã, mormente nessa ocasião matinal quando ficará imantada para os seus afazeres habituais.

Mas o importante é, no desdobrar das atividades, manter sempre a atenção no que se está fazendo no momento. Comumente, é quando se está lidando com armas, ferramentas, máquinas, especialmente dirigindo veículos, ter a atenção desviada para motivações externas, conversação dispersiva, atualmente até usando telefonia celular, a ouvir música, procedimentos perturbadores dos reflexos que constante atenção exigem.

E mais a preocupação com outros problemas que se enfrentam no dia-a-dia da vida habitual, assoberbada pela modernidade do estágio da civilização vigente. Tal é a turbulência que a criatura tem que enfrentar, balbúrdia dos transportes, burburinho das ruas, o jornal, o rádio, a televisão com seus filmes de terror e intoxicação das novelas, estas, grandemente responsáveis pela dissolução de costumes, enfim, atordoamento das criaturas que, não raro, estão fora do seu eu, ausentes, pois, de si mesmos. Daí decorrem a insatisfação, o descontrole o mal-estar pela falta de esclarecimento em que o corretivo da concentração exerce papel fundamental.

Formam-se legiões de visionários e conservadores, os primeiros por excesso e os segundos por falta de imaginação. De modo que ensina a boa regra que em todo empreendimento o arquiteto deve ser a imaginação, mas, o construtor terá que ter o bom senso.

O autor é diretor procurador da Casa Chefe


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