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Palavras de alento

Heloisa Ferreira da Costa

A humanidade não precisa que ninguém a venha salvar, não é preciso um messias; é preciso estudar.

Como seria bom poder achar as palavras certas para nossos amigos, nas horas incertas! Pessoas cheias de angústias, problemas, e queríamos ter a chave mágica para melhorar este estado de ânimo. Na verdade, nós bem sabemos que a temos, mas envolve a Doutrina Racionalista Cristã, e não são todos os espíritos que estão preparados para estes belos conceitos espiritualistas. E a disciplina é clara: não devemos falar da Doutrina fora das correntes do Astral Superior. A ajuda, portanto, deve ser sutil - um livro, um exemplar do jornal A Razão, palavras de incentivo e de coragem.

Mas uma coisa podemos fazer: transformar a fé em pensamentos positivos, pois um indivíduo cheio de fé pode ter um pensamento forte; podemos falar sobre os poderes da mente, sobre o poder do pensamento dirigido para o Bem. Estão aí inúmeros livros sobre o uso do poder do subconsciente, sem no entanto tocar no quesito religião.

É perigoso também, quando uma pessoa está acometida de uma doença ou em grande desespero moral, questionar sua crença, pois na ânsia de ajudar podemos criar um hiato em seu espírito, fazendo com que este ser fique sem nada, porque não teve tempo para estudar outros princípios, mas começa a duvidar da religião que havia abraçado; na tentativa de ajudar, nós acabamos empurrando-o mais para baixo, sentindo-se perdido e sozinho, aumenta seu estado depressivo, agravando o quadro.

A melhor ajuda vem do silêncio, de altear o pensamento em nossas irradiações para esta pessoa querida, esperando que os espíritos do Astral Superior possam acalmar, tranqüilizar, que este indivíduo possa encontrar forças para a luta que vem à frente, esta é uma ajuda Cristã legítima, porque estamos fazendo o que Jesus ensinou: "O quê a mão direita faz, a esquerda não deve saber"; e quando virmos nosso amigo se recuperar espiritualmente, não há que se fazer alarde algum. Há, sim, que se regozijar pelo auxílio, mas interiormente, uma alegria que pertence só a nós e a mais ninguém, porque não há sentimento maior do que saber que fizemos o bem; não há necessidade de propaganda, pois não somos vendedores de serviços, muito menos de favores.

No entanto, se pelo modo de vida que se leva, pela força moral que se demonstra diante dos abalos da vida, somos consultados sobre como encontramos forças, devemos indicar o caminho, convidar para uma participação em sessões de limpeza psíquica nas Casas Racionalistas, explicar que é necessário pelo menos três vezes para que se comece a entender o que ali se explana e a pessoa se sinta bem diante da disciplina. Teremos então cumprido a nossa missão, que é o esclarecimento espiritual do maior número de pessoas possível, mas sem buscar adeptos, não há interesse material, portanto, não precisamos nos igualar a tantas seitas que saem laçando pessoas nas calçadas. Temos que aprender a usar as fontes de conhecimento disponíveis apenas com interesse moral.

A roda já foi inventada, as alternativas estão todas aí, basta dar significado a elas. Este é o trabalho do Racionalismo Cristão; aqueles que já entenderam esta verdade que a usem para praticar o Bem, mas sem esperar recompensas. Faça por convicção aos princípios, faça porque lhe faz bem, não para alcançar um espaço privilegiado em algum lugar além, porque, se assim estiver agindo, se igualará aos mercadores dos templos da época de Cristo, ignorantes com vestes de sábios. A humanidade não precisa que ninguém a venha salvar, não é preciso um messias; é preciso estudar, entender, tudo é cientificamente explicado, sofrer com resignação os embates da vida, mas na luta alçar vôos cada vez mais altos em busca de evolução.

A autora é militante da Filial de Marília-SP

 

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