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Justiça universal

Humberto Fecher

Em nossa concepção de justiça material, uma pessoa justa é aquela cujo elemento racional, com ajuda da vontade, controla os desejos e os sentimentos, virtude que consiste em dar ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence. O direito é a razão fundada nas leis materiais. Justiça universal é abrangente, engloba a justiça material e os princípios universais, emanantes da criação, vê o todo, o conjunto, obrigando o indivíduo a cumprir sua parte, seu compromisso perante a criação.
No amor fraternal, o Bem e o mal se entrelaçam, buscando a perfeição, a vítima e o algoz de passados remotos se unem no presente, lado a lado, buscando a evolução, que se faz na depuração da iniqüidade, com muita dor, sacrifício e sofrimento.
A evolução pode ser entendida por meio de uma metáfora: a vida é como um rio, cujas águas (vida) na nascente, nos primeiros passos, passam por pedras brutas, pontiagudas, com arestas cortantes. No transcorrer do curso d'água, essas pedras vão se esfregando umas nas outras, com muita dor e sofrimento, até que, na foz, arrastadas pela correnteza, pela voragem da vida, da evolução, estão lisas, arredondadas, polidas.
O idealismo é teoria da realidade e do conhecimento que, na estrutura do mundo percebido, atribui um papel-chave à mente. Os idealistas reconhecem o mundo externo e evitam afirmar que este pode reduzir-se ao mero fato de pensar. Para eles, a mente atua e é capaz de fazer existirem coisas que, de outro modo, não seriam possíveis, como a arte ou a matemática. Os idealistas são mais radicais, ao afirmarem que objetos percebidos por uma pessoa são afetados, até certo ponto, pela atividade mental. Ao longo da história da filosofia, podem-se distinguir diferentes aplicações e definições idealistas formuladas, entre outros, por Platão, George Berkeley, Emmanuel Kant.
Platão (428-347 a.C.) - filósofo grego -, um dos pensadores mais criativos e influentes da filosofia ocidental, discípulo de Sócrates, aceitou sua filosofia e sua forma dialética de debate. No ano de 387 a.C., fundou em Atenas a Academia que Aristóteles freqüentaria como aluno.
Emmanuel Kant (1724-1804) - filósofo alemão -, é considerado por muitos o pensador mais influente da Idade Moderna. A base da moral foi por ele resumida nos seguintes termos: "Age de forma que a máxima de tua conduta possa ser sempre um princípio de lei natural, universal e imutável".

(O autor é presidente da Filial Lins, SP)


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