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A força individualizada e seu retorno ao Grande Foco

Vantuil Fazollo

Antes de adentrarmos no cerne de nossas considerações acerca do tema que intitula nossos escritos deste mês de julho, em função da constatação do alto grau de psiquismo que se denota no conteúdo da reportagem de nosso periódico de maio, sinto-me no dever de reverenciar, ainda que por amostragem, em transcrição, alguns tópicos dos brilhantes pronunciamentos insertos em A Razão, quando da comemoração, em sessão cívico-espiritualista, no decorrer da data alusiva ao 19° aniversário de fundação da Filial de Cachoeiro de Itapemirim, dizeres esses de autoria do ilustre Pedro Cardoso da Silva, repletos de sabedoria. Senão vejamos:

" ... de poder falar da Doutrina do Astral Superior e de Jesus, o Cristo. Por que de Jesus, o Cristo? Porque ele não explanou nenhum princípio religioso, não criou nenhuma seita ou religião. E isto os teólogos e historiadores sensatos de hoje estão provando através de pesquisas criteriosas. Sua finalidade foi combater a ignorância espiritual, incentivada pelos considerados mentores da humanidade. Com a criação de dogmas e mitos da salvação, perdão e os hipotéticos e simbólicos céu e inferno, propalados com ênfase pelas seitas e religiões para melhor manter agregada a elas uma falange de fanáticos, entorpecendo-lhes o raciocínio, escravizando-os com falsas promessas.

Todavia, esse Augusto Nazareno, espírito evoluidíssimo, consciente absoluto do que representava e representa no contexto da evolução do Mundo Terra e seus habitantes, obedientes aos ditames das sábias leis que regem o universo, e observando do seu Mundo de Luz puríssima, juntamente com outros espíritos de idêntica evolução, o descaminho que tomava a humanidade, decidiu, com aquiescência da plêiade Astral Superior, reencarnar novamente, para mais uma vez sacudir a humanidade com o látego da verdade científica, acordando-a do sono profundo da ignorância espiritual em que vivia e continua vivendo.

Acontece que o curto período de sua vida física na última encarnação não deu para concluir o seu trabalho de espiritualização da humanidade, porque a ignorância, a vaidade e o egoísmo implantados no mundo, pela sede de poder e o domínio sacerdotal, não aceitavam, como continuam não aceitando, as suas verdades baseadas nas leis comuns, naturais e imutáveis, consubstanciadas na evolução do Universo.

Motivo que nos leva a afirmar, que a Doutrina Racionalista Cristã está acima de qualquer interesse pessoal..."

Feitas estas considerações, desenvolvemos o nosso tema escolhido.

Não se pretende, aqui, divagar pelas várias teorias acerca da formação da Terra e, por conseqüência, sobre a formação dos seres que a habitam ou já a habitaram.

Admitindo-se que o Universo teria surgido da teoria da Grande Explosão, de início tinha ele uma imensurável concentração de matéria de elevadíssima temperatura, mas, advindo as conseqüências da explosão, restaram os agrupamentos que teriam formado as galáxias.

Na nossa galáxia existem inúmeros sistemas solares e, segundo as hipóteses existentes, as estrelas teriam sido formadas sob a forma de nuvens, de matéria interestelar compostas de partículas em estados sólido e gasoso, em sua essência constituídas de hidrogênio e hélio. Ditas nuvens, condensando-se, gradualmente, deram origem ao Sol e, bem assim, a outras estrelas, e estas, naturalmente, como centro, também, de outros sistemas solares.

A densidade sempre crescente da matéria interestelar fez com que as partículas e átomos atingissem temperaturas muito altas, a ponto de fundirem-se os núcleos dos átomos e, dessa fusão, restar libertada a energia atômica. Tal fato explica, em nossos dias, a continuidade da fusão nuclear de hidrogênio que ocorre com o nosso Sol, tanto que a energia atômica dele liberada – já comprovada pela ciência – é a energia que hoje tem influência marcante sobre os. seres terráqueos, tornando-se a vida impossível sem tal luminosidade.

Portanto, no decorrer da formação do nosso sistema solar, pode-se admitir que a Terra, há bilhões de anos, era tão-somente uma enorme massa material incandescente, mas de origem estelar (do Sol), de onde desprendera e começou a girar em torno da estrela-mãe, no espaço sideral, como ainda hoje ocorre, e que, com o passar dos tempos, mais se afasta de suas origens.

Vemos, de certa forma, lógica no que se afirma, porque, quando das erupções vulcânicas, se nota que são expelidas, do centro da Terra, enormes quantidades de matéria incandescente que se espalha por longo tempo, até esfriar e transformar-se em rocha.

Com o correr dos tempos, a crosta da Terra, que era matéria incandescente, foi resfriando lentamente e surgiu uma camada sólida. E, em períodos de bilhões de anos, tornou-se cada vez mais espessa, a ponto tal que, para se atingir, hoje, a matéria incandescente do interior da Terra, onde se detectariam milhares de graus centígrados, ter-se-ia que aprofundar milhares de quilômetros. Tal matéria tem hoje o nome genérico de magma.

Assim, na massa sólida externa da Terra foi surgindo a formação de elementos minerais, ocorrendo também, concomitantemente, a cristalização, além do natural desenvolvimento e produção de gases e vapores em função do resfriamento, dando origem à atmosfera terrestre, a qual, esfriando-se, proporcionou a condensação dos elementos líquidos, como a água. Em seqüência, formaram-se os oceanos, rios, lagos e os lençóis freáticos, estes sob as camadas superficiais da Terra.

Como se denota, com a formação da Terra a ocorrido o resfriamento de sua crosta, remanesceram nela os elementos, e cada qual com seus átomos, com as respectivas energias atômicas.

No início só existia o reino mineral. Com a evolução vieram, após a formação da massa líquida, o reino vegetal, que, em função da marcha evolutiva, deu origem ao reino animal e, na seqüência da evolução, veio o reino hominal.

Na fase hominal, o ser, detendo já o livre-arbítrio, após expressiva quantidade de reencarnações, atinge um estado evolutivo tal que não mais necessita da matéria para continuar a viver e, por conseqüência, vai integrar, de vez, o seu Mundo de Luz, no Astral Superior.

Dessa forma, pode-se afirmar que a força individualizada veio do Grande Foco quando ocorreu a explosão e passa a integrar, em definitivo e em direção à perfeição, após milhares ou bilhões de anos de evolução, o Grande Foco, justificando-se, via de conseqüência, o título atribuído aos nossos comentários – o retorno ao Grande Foco.

Por derradeiro, torna-se mister que se reproduza, nestas considerações, os ensinamentos doutrinários acerca da evolução do ser humano, como partícula da Inteligência Universal que é. Ei-los:

"As partículas da Inteligência Universal, em obediência às leis naturais e imutáveis, incitam e movimentam os diversos reinos da natureza, estabelecendo a vida em todos os seres orgânicos e inorgânicos, desde a pedra aos metais, aos vegetais, aos animais e ao gênero humano. Todos estão em constante ascensão para a luz, para a sua fonte de origem, que é o Grande Foco, incitador de tudo quanto existe".

O autor é freqüentador da Casa Chefe

 

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