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As faculdades mediúnicas do espírito - Parte 1

Vantuil Fazollo

Antes de entrarmos nas considerações básicas que envolvem a mediunidade e as suas variedades, torna-se mister que façamos algumas reflexões sobre o Éter, o Universo Astral, o astral inferior, o Pensamento e até sobre o nosso embrionário Sistema Telepático em franco desenvolvimento no Reino Hominal.

Sobre o Éter, quer no campo físico, quer no campo químico, pode-se dizer que é praticamente um elemento desconhecido da ciência hodierna, cingindo-se a referências a meras e lacônicas definições, sem maior profundidade de pesquisas. Porém, a Ciência Espírita, em consciente desenvolvimento, dele muito se preocupa e o conceitua quando assevera: "Éter nada mais é do que o Universo Astral, o qual, interpenetrando os espaços interatômicos do ar atmosférico, constitui uma região do nosso planeta denominada astral inferior".

Acerca do astral inferior, sem qualquer dúvida, há que se adotar o tom de magistralidade de nosso saudoso mestre Fernando Faria, que hoje integra a plêiade do Astral Superior, quando, em A chave da Sabedoria, assinala, com rara felicidade: "Os espíritos do astral inferior geralmente são vistos pelos médiuns videntes como pessoas escuras, encapuzadas, sem mostrar o rosto ou, então, como bolas negras. Esses espíritos estão em toda parte, aguardando oportunidade de se associar àqueles cujos pensamentos e sentimentos se afinem com os seus, geralmente concernentes aos vícios, maledicência, sensualismo, fúria, usura e outros. São esses espíritos que se manifestam, a qualquer hora, nas reuniões espíritas feitas em casas de família ou nos centros espíritas, tendas de umbanda, candomblé, ou mesmo na rua, num ônibus, se o médium não tiver controle. Dessa forma, basta uma vacilada que, pela Lei de Atração, eles se apresentam às dezenas. São todos obsessores e pululam nos círculos esotéricos, reuniões teosóficas, lojas rosa-cruz, templos protestantes, centros kardecistas, reuniões carismáticas católicas; assessoram cartomantes, astrólogos, grafólogos, jogadores de búzios, assembléias sindicais, comícios e reuniões políticas. Isto ocorre porque esses espíritos do astral inferior não precisam de corrente fluídica para se manifestar. Basta a faculdade mediúnica do sensitivo, independentemente da sua moralidade, para lhe tomarem o controle da mente. Todos esses espíritos trazem os seus corpos astrais impregnados de fluidos maléficos, provenientes das regiões astrais onde vivem. Portanto, o relacionamento com eles só trará malefícios".

Diante das circunstâncias, conclui-se que é no pensamento e, por indução, nos sentimentos dos seres encarnados que pode ser encontrada a chave para desvendar todo o segredo, mediante uma "operação mental que consiste em se estabelecer uma verdade universal ou uma proposição geral com base no conhecimento de certo número de dados singulares ou de proposições de menor generalidade". Advém de tal comportamento o sucesso do temporário vivente terráqueo, principalmente se se levar em conta que existe uma Lei Natural que diz que "os afins se atraem e os contrários se repelem" e que, por ser admitida, tal convenção integra os conceitos da ciência física. Portanto, se os pensamentos e sentimentos que emitimos induzem para o bem, é óbvio que o bem atrairemos, mas, contrariamente, se os pensamentos e sentimentos nos induzem para o mal, só o mal atrairemos. Como estamos sujeitos à interpenetração nos espaços interatômicos do ar atmosférico, de imediato, as correntes maléficas do astral inferior captam tais ondas e mais nos impulsionam para o mal, até que um dia as Forças Superiores que habitam o Astral Superior, em seu perene e árduo trabalho de limpar a atmosfera terrestre, dali arrebatam o espírito e/ou falanges obsessores e os conduzem para os seus mundos de luz, onde, inexorável e implacavelmente, o espírito revê o seu passado de erros e acertos.

Há que se dizer que o estudo das faculdades mediúnicas envolve, naturalmente, certa transcendência, eis que ultrapassa, por vezes, o limite das experiências ainda fora do conhecimento humano terráqueo, por cuidar da exteriorização da Força Universal – Força Psíquica Humana, propriamente dita –, e, estando o sistema telepático em fase de desenvolvimento em todos os seres humanos, conjuminado com o atraso da humanidade, não há dúvida de que o conhecimento concreto da capacidade de comunicação entre pessoas e espíritos por certo durará longos séculos ou milênios, eis que ainda só uma adequada evolução dos candidatos à reencarnação poderá propiciar meios para a exploração completa dos vastos campos do conhecimento da telepatia, hoje, como se disse, em fase embrionária.

Nessa seqüência de comentários, para se enumerar algumas faculdades mediúnicas já observadas nos viventes do planeta Terra e que obedecem, naturalmente, aos limites de fenomenologia inserta nas Leis Naturais, que tudo regem no Universo, quer no que diz respeito às leis do plano físico, quer no que se refere ao plano psíquico, é de se assinalar que emanam do espírito e não do corpo físico e, por isso, têm, em seu âmago, conotações transcendentais, onde o conhecimento humano apenas faz os seus primeiros ensaios.

O autor é freqüentador da Casa Chefe


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