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A influência do espírito sobre o corpo humano

Vantuil Fazollo

Vêm de longa data, há vários séculos, as idéias e concepções de filósofos de todo o mundo, que deixaram clara em seus ensaios a "influência e domínio da alma (espírito) no estudo das relações do espírito sobre o corpo", consoante apregoou, também, incansável e persuasivamente, o notável e culto médico, oficial do Exército e senador da República, Dr. Antonio Pinheiro Guedes, nos idos anos de 1800 a 1900.

A luta tem sido grande na história da humanidade ¾ a ponto de nela até sucumbir o próprio Jesus Cristo ¾ para implantar neste planeta as verdadeiras concepções sobre o espiritualismo autêntico, visando a estabelecer corretamente como ocorrem e como se criam as ligações e/ou influência do espírito sobre o corpo humano.

Quando se diz, hoje, que o espírito assiste à formação de seu corpo, consubstanciando-se nele através do perispírito, ou corpo anímico, presidindo a criação de cada molécula, cada órgão, no decorrer da gestação do feto, para ultimar a formação do corpo carnal, portanto, para terminar a evolução fetal, surge, de pronto, um exército de incrédulos, participantes esses que trazem incorporados em seus subconscientes, arraigados em seus espíritos, anacrônicos conceitos de religiosidade, que só prejudicam o entendimento de que é o espírito o próprio artífice de seu corpo carnal e que desde a concepção entre o homem e a mulher está programada a encarnação no lar previamente escolhido, na localidade, na cidade no país em que o novo se seguirá em busca de uma nova etapa evolutiva que haverá de ocorrer, demore tantos anos quantos necessários forem.

Então, o espírito, que é Força Inteligente, mas, sem dúvida uma partícula da Inteligência Universal, inteligência esta que rege todo o Universo, e, ao encarnar no corpo humano que ele próprio "construiu", tem sempre a ele integrado outro agente importante que é o perispírito ou corpo anímico ¾ constituído de matéria fluídica ou quintessenciada, com energia anímica ¾ , oriundos ambos (espírito e perispírito) de seu Mundo de Estágio, no Astral Superior, no Espaço Infinito.

Encarnado, por conseguinte, após o evento do parto, resta formada e integrada uma tríade ¾ espírito, perispírito ou corpo anímico e corpo carnal ¾ pronta para cumprir toda uma etapa evolutiva na Terra. Mas isto, naturalmente, se não se deixar dita tríade violentar, pelas correntes do mal, que formam as chamadas falanges obsessoras e que também estão distribuídas pelo chamado astral inferior, na atmosfera da Terra, formadas por espíritos desencarnados que não ascenderam, ainda, aos seus mundos próprios, de estágios, para onde deveriam ter seguido quando ocorreu o evento morte (desencarnação).

É bom deixar claro, desde já, que só vão para o astral inferior e lá ficam temporariamente, até serem de lá arrebatados, os espíritos que no decorrer da vida sempre procederam com más condutas, ultrajando seus semelhantes, ostentando vícios e saturando suas vivências com atitudes indignas, desvirtuando-se totalmente de suas trajetórias traçadas em Plano Astral, quando desencarnados. Em tal ambiente hostil, imperfeito, vingativo e sem adequada coordenação vivem, com o espírito e corpo anímico ou perispírito, mas sem o corpo carnal que foi para a sepultura quando da desencarnação.

Nas circunstâncias do item precedente, muitos dos espíritos habitantes provisórios do astral inferior não detectam, às vezes, que estão sem o corpo carnal, já que têm o corpo anímico ou perispírito que, sendo constituído de matéria fluídica, tem os mesmos contornos do extinto corpo carnal e, de conformidade com a sua densidade, podem andar livremente entre as pessoas encarnadas, mudando passos como se estivesse vivo. Alguns, principalmente quando se dirigem aos lares de parentes ou mesmo de amigos, chegam a se irritar com a falta de atenção das pessoas encarnadas que não os consegue ver. Outros espíritos desencarnados do astral inferior, desorientados, vivem como se joguetes fossem, chegando a pensar que são alvos de constantes ludibrio e zombarias. É terrível o quadro e cada vez fica mais degradado o ser desencarnado neste estado.

Destarte, se o espírito e seu corpo anímico (perispírito) deixaram o corpo humano quando do evento morte e não ascenderam em seguida, ao seu Mundo Astral, no Universo, é porque está eivado de maus costumes, em estado deprimente, combalido, abatido, desanimado, viciado no tabagismo, no álcool, na cocaína e outras drogas perniciosas, a ponto tal de ter sua controvertida conduta influído na destruição dos próprios órgãos do corpo carnal que ele mesmo "construiu" e que deixou que se arruinassem e que fossem destruídos a ponto tal de levar dito corpo à cessação da vida, apesar de o espírito e o corpo anímico serem, incontestavelmente, uma fonte de vida, que poderiam ter transmitido energia ao falido corpo físico. E é por isto que comumente se lê nos bons livros: "A maioria das enfermidades tem suas causas predisponentes no enfraquecimento do espírito que por seu abatimento, por seu desânimo, não comunica, não transmite ao corpo a vitalidade que nasce da energia".

Nesse mesmo passo, pode se dizer que, ao proceder o encarnado com tais desajustados critérios de vida, arruína-se cada vez mais e perde, a cada dia, a sua vitalidade a vontade de progredir, advindo os desequilíbrios financeiros, econômicos e sociais, e, bem assim, os familiares e, se se descuidar e se entregar aos caprichos de influências de desencarnados, pode até vir a falecer por desgostos e doenças várias, devendo ficar claro, ainda, que é do interesse do desencarnado que "habita" o astral inferior, que o vivente desencarne para engrossar sua falange obsessora de seu pérfido "mundo", e ter ainda mais força de persuasão, para lograr êxito em suas maléficas investidas. Alertem-se, pois, os incautos e desacautelados.

Por derradeiro, há que se enfatizar que o pior pode se dar em função das nuanças das influências que podem ser exercidas pelo perispírito do desencarnado do astral inferior sobre o espírito e perispírito do desavisado vivente.

Perdido aquele num antro repleto de imperfeições, desorientações e vícios adquiridos ou não reparados na encarnação da qual acaba de sair ¾ agora no astral inferior ¾ , sediado na atmosfera da Terra, através da energia anímica do perispírito, atraído pela Lei Natural de que "as coisas afins se atraem", sente afinidades suas com o ser encarnado, que congrega idéias idênticas às suas e, assim, incontinente, dele se aproxima, colocando sua energia anímica em contato com a energia anímica do perispírito do encarnado, satisfazendo-se plenamente ¾ apesar de desencarnado ¾ , como se estivesse bebendo, fumando e cometendo outros vícios ou fazendo as más ações que tinha por hábito fazer quando possuía o corpo carnal.

Dá-se, então, nesses casos, a perfeita identidade de hábitos e costumes entre o desencarnado e o encarnado que, geralmente, é um crédulo ou ingênuo.

O autor é freqüentador da Casa Chefe

 

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