Ainda o duplo etéreo
Antonio Cristovam Monteiro
Dissertamos anteriormente sobre a importância do duplo etéreo, no complexo funcionamento da atividade espiritual. Rememorando, pois, acentuamos que o espírito, na sua função terrena em busca de mais uma etapa espiritual, serve-se do corpo físico. Mas para este se movimentar necessita de dois elementos essenciais: o perispírito e o Duplo Etéreo, componentes do corpo astral, constituído pois de matéria fluídica. O perispírito, como o próprio nome está a indicar, envolve diretamente o espírito e o Duplo Etéreo. É uma camada fluídica mais chegada ao corpo carnal. Forma um conduto por onde os cordões fluídicos transmitem as vibrações de vitalidade ao corpo carnal.
Assim, durante o sono ou por qualquer outro agente provocador de choques emocionais, traumatismos físicos, enfermidades crônicas como a epilepsia, catalepsia, anestesias em atos cirúrgicos, estados em que há perda dos sentidos, conforme a intensidade, o espírito se aparta do corpo físico, todavia, a este ficando ligado pelos cordões fluídicos, estado que permite ao espírito viajar até a longas distâncias. Porém, se o choque traumático emocional ou físico é demasiadamente violento, opera-se o desligamento total do espírito, redundando na desencarnação. São altos estudos da fenomenologia espirítica que a medicina materialista, já pela psicossomática, vai assimilando, mas ainda muito lentamente. Por isso adverte o Racionalismo Cristão que o médico que, a par do tratamento físico, conheça as causas ou influências psíquicas incidentes sobre a maioria das enfermidades, é duas vezes médico. No entanto, ainda há uma maioria que teima em desconhecer tal realidade incontestável.
Ainda agora nos chega um comunicado de uma equipe médica dos hospitais universitários de Genebra a Lucerna, na Suíça, que, após aplicarem eletrodos para estimular o cérebro de uma paciente acometida de epilepsia, na volta desta, em recuperação dos sentidos, descreveu a sensação de haver deixado o corpo físico a estar flutuando sobre ele, atribuindo eles tal fenômeno de haver o choque de eletrodos estimulado uma certa área do cérebro.
Ora, ensina a ciência espírita que os ataques periódicos sofridos pelos pacientes, por epilepsia e catalepsia, nada mais são do que transes mediúnicos.
O mestre Luiz de Mattos fez luz sobre a causa e cura das enfermidades psíquicas. Longos debates travou ele com o então afamado médico psiquiatra a professor Antonio Austregésilo, sobre o livro deste A Cura dos Nervosos, em que asseverava que os males psíquicos eram causados por anormalidades orgânicas e, como tal deveriam ser tratados. Recebeu o médico convincente e irrefutável resposta de Luiz de Mattos a tão errônea concepção. Esses debates empolgaram a opinião pública e foram coligidos na obra Cientistas sem Ciência editada pelo Centro Redentor a cujas reedições foram prudentemente suspensas pelo saudoso Antonio Cottas, por causa da forte perseguição sofrida, até policial, tal a fama de que gozava o dito professor, amparado pela sua militância num credo religioso, então, de forte influência política. Não que alimentemos qualquer prevenção ou animosidade contra a nossa briosa a competente classe médica, porém que os há, como acontece em quaisquer outras profissões, todavia e felizmente essa pequena minoria dos que deslustram as profissões constitui exceção a não regra geral. E isto dizia Luiz de Mattos, exaltando os bons e causticando os maus com seu verbo escaldante na tribuna, e sua pena esplendorosa pela imprensa, notadamente, pelo A Razão, jornal que chegou a ser em sua época um dos maiores, senão o maior jornal do País.
Grandes médicos psiquiatras pontificavam nessa especialidade e tiveram a expressão máxima em Juliano Moreira, que foi por muito tempo diretor do Hospital Psiquiátrico – Hospício da Praia Vermelha. Foi um dos maiores amigos a admiradores do mestre Luiz de Mattos, tanto que aconselhava, por vezes, aos responsáveis por internos do referido hospital a procurar o espiritismo do comendador Luiz de Mattos. Esta a infinita dimensão da fecunda clarividência do mestre Luiz de Mattos, que erigiu o espiritismo à condição de ciência – Espiritismo Racional a Científico Cristão –, condensando-o na preciosíssima obra Racionalismo Cristão, que já fez história a há de fazê-la pelos séculos seculorum. Amém.
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