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Devoção a tudo que dignifique

Benedicto Floriano de Lima

Observamos, no nosso viver, criaturas dizendo ser devotas a santos, devotas a muitas outras coisas. E, evidentemente, nada temos contra ninguém, porque todos têm livre-arbítrio, que respeitamos muito, como o nosso também é respeitado, mas discordamos, respeitosamente, porque aprendemos a analisar tudo que vemos ou sentimos em nossa volta. Nunca seguimos este ou aquele somente pelo fato de que a maioria ou muitos estão caminhando naquela seqüência, porque a nossa sintonia é sempre com a realidade. O fantasioso, o quimérico e o ilusório deixamos de lado; nossa mente, através de nosso pensamento, só tem uma direção, qualquer situação diferente será analisada e abandonada imediatamente. Esse modo de viver deveria ser o mesmo para todos os habitantes do planeta Terra, porém não o é, devido à diferença evolutiva dos espíritos encarnados neste mundo escola. Os mais evoluídos, embora ainda aprendizes, vivem serenos, caminham raciocinando, ensinando e aprendendo, não há líderes e muito menos superioridade exacerbada, mas complemento espiritual sem interesse material; os menos evoluídos, na maioria das vezes, sem usar a razão, caminham, instintivamente, na enganação ou exploração de sua ignorância, por falta de estudo e pela preguiça de estudar a vida do espírito.
Importante seria que a criatura fosse devota de si mesmo, que se voltasse para dentro de si e avaliasse sua pessoa, sua personalidade, o que está fazendo neste mundo, sentisse as intuições, que todos nós recebemos diariamente, e aproveitasse as boas, deixando de lado as más. Porém é necessário estar preparado para separar o bem do mal, para a prática do bem e também pôr o pensamento voltado para o que é bom.
A devoção ao trabalho que, ao contrário do que muitos pensam e dizem, não é castigo, porque o trabalho é um dever, é a maior riqueza para o espírito, engrandece, dignifica e enobrece o ser humano. Ter devoção à honestidade, à honra, abandonando os vícios e prevaricações terrenas, tão prejudiciais ao espírito, porque faz perder a encarnação e aumentar as reencarnações para pagar erros cometidos por ignorância, orgulho ou prepotência.
Ser devoto de sua própria vida, trabalhando, estudando, procurando levar ao seu semelhante conhecimentos novos, obtidos através do estudo do espiritualismo científico, que o Racionalismo Cristão explana, graciosa e verdadeiramente, sem interesse material algum. Devoção a si mesmo, porque ninguém poderá fazer nada por você, a não ser você mesmo.

O Autor é Presidente da Casa de José Bonifácio)


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