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Desdobrando o Universo como Força e Matéria

Lília Rodrigues Paiva

Desde a Antigüidade vem sendo estudada a formação do universo; sempre foi motivo de muita curiosidade desvendar o que chamam de misterioso. A princípio os antigos estudavam a composição do universo apenas como matéria e afirmavam que ele era composto de quatro elementos: terra, fogo, ar e água. Mas depois de muito estudo chagaram à conclusão de que não podiam ser apenas esses quatro elementos, porque se perguntavam - e o vazio? E onde não há nenhum desses elementos? Estudaram mais e viram que havia um quinto elemento derivado da descondensação da matéria gasosa e líquida, e a denominaram quinto elemento ou quinta essência, originando-se aí a nomenclatura de matéria quintessenciada. A partir de então, novos estudos foram se fazendo, pesquisas através das entrelinhas das ciências naturais e universais, e se chegou a muitas teorias e conclusões.
Dentro do contexto das obras do Racionalismo Cristão, foi deixada bem clara a formação do universo como Força e Matéria, únicos elementos que o compõem, podendo ser desdobrados para maior compreensão.
Partindo do princípio de que todo o universo derivou-se da Força Criadora, da Inteligência Universal, somente essa Força é o Supremo Arquiteto do Universo, pois sempre foi vibração incessante, ininterrupta, concentração e saturação imensurável de poder e energia que se liberou para cada passo da formação da matéria. Como Força vibrante, esta vibração um dia foi se tornando mais intensa, mais imensa, a ponto de liberar energia, constituindo átomos que se aglomeram, formando grandes bolsões e dando origem à primeira forma da matéria, que é a gasosa, vindo a surgir o hidrogênio. E sempre se utilizando da vibração da força associada ao hidrogênio, formou-se o hélio, e assim continuamente foram formando-se lítio, bário, carbono, nitrogênio, oxigênio, neônio etc., todos os gases nobres e não nobres. Da vibração da Força associada à matéria gasosa, deu-se a formação da matéria líquida - uma das mais preciosas é exatamente a água, cuja composição é a associação de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio; matéria esta onde surgiram as primeiras espécies de vida orgânica e inorgânica. Da vibração da Força com a matéria gasosa e líquida, sob ação muito forte e predominante da força sobre as duas matérias já compostas, originou-se a matéria sólida, composta pelos elementos como o ouro, cobre, manganês, sódio, zinco, gálio, níquel, titânio, ferro, potássio, cálcio e todos os elementos, conforme podemos observar na classificação periódica que é estudada pela Química. Todos esses elementos formam a matéria, que também está em constante evolução em todos os seus estados, propiciando, assim, que a partícula da Força Criadora, quando se desprende, possa vir passando por todos os reinos, do mineral ao animal, até chegar ao reino hominal,etapa final do reino animal. Às vezes, costumamos dizer que a partícula da Força dorme nas pedras porque é sedentária, mas há a atuação da vibração de energia dentro dela; acorda nas plantas, porque, apesar de serem fixas, já são seres vivos e necessitam de ar para viver; locomove-se nos animais, porque já têm aguçadamente a partícula de inteligência e podem deslocar-se de um lado para o outro; e despertam no homem, porque este que a ciência denomina Homo sapiens já é portador da força como geratriz incomensurável, saturada de poder, que se denomina espírito, com os atributos de pensamento, raciocínio, livre-arbítrio e força de vontade; e nesta condição ele precisa processar sua evolução milenarmente, para lapidar e atingir o ápice de evolução, a ponto de transladar-se aos mundos superiores e reintegrar-se ao Todo, à Força Criadora.
Por fazermos parte do universo no contexto de Força e Matéria é que temos a nossa composição astral e física, que é a tríplice aliança composta de corpo físico, em que se encontra todo um complexo anátomo-biológico, mostrando que, a partir do átomo, vão se formando os íons, que são partículas carregadas eletricamente, compostas de um ou mais átomos de elementos simples ou compostos. Os átomos, por sua vez, formam moléculas, que podem ser simples ou compostas também, como é o caso da proteína, que é a base de todas as vidas, pois isolando-a podemos estudar o tipo de vida existente. As moléculas, por sua vez, habitam o interior do núcleo de cada célula. Podemos ver o caso do DNA, que é uma molécula associada, formada por duas bases pares cuja composição são o açúcar e o fosfato, e agregadas a elas estão a adenina, guanina, timina e citosina,formando assim o código genético que vai dar as características da biodiversidade, ou seja de todas as formas de vida existentes. A partir do aglomerado de células interligadas pelo líquido intersticial, por onde é irrigado o sangue, que é o seu alimento, elas vão compor os sistemas do corpo humano, que são: respiratório, digestivo, circulatório, reprodutor, nervoso, tegumentar e sensorial, onde estão os sentidos do olfato, audição, visão, paladar e tato.
Tudo isto e muitas outras coisas compõem o corpo físico: temos o corpo fluídico ou perispírito; que é formado pela matéria quintessenciada, que denominamos também duplo etéreo, e o espírito, que é a força, que tudo comanda. Essa tríplice aliança está cercada pelo campo áurico, ou seja, a nossa aura, que mantém toda essa estrutura coesa, através da imantação que possui. Quando somos conscientes disso tudo, aumentamos cada vez mais esse campo magnético que parece uma nebulosa de luz a envolver todo esse invólucro. Portanto, somos também um universo em miniatura. Voltando à composição do universo, jamais devemos confundir criação do Universo e criação do espaço sideral, cuja origem supostamente se deu há 18 bilhões de anos. Cientistas astrônomos supõem que ocorreu uma grande explosão cósmica, mas sabemos que já haviam se formado os dois elementos, Força e Matéria. Evidentemente que da imensa vibração de uma sobre a outra, provavelmente, tenha realmente ocorrido essa explosão que denominam Big Bang, pois daí foram surgindo as nebulosas, onde se formam as estrelas comuns, estrelas duplas ou binárias etc., que por sua vez formam sistemas unitários, binários e até trinários. Estas vão compor galáxias percorridas por inúmeros corpos celestes, como os cometas, meteoros, quasares, pulsares, supernovas etc. Esse é o Espaço Sideral ou Cosmo, onde, desde a suposta explosão até hoje, são captadas ondas de rádio por meio de aparelhos de grande avanço tecnológico.
Diante do exposto, podemos observar que todo esse Cosmo também está em constante evolução material. O que vemos brilhar no quadrante estelar não podemos confundir dizendo que são mundos de luz, pois são apenas mundos em incandescência ou mundos refletindo luz de outros astros, porém todos em evolução material.
Os mundos de luz não podem ser vistos pelos olhos físicos, pois pertencem ao espaço bidimensional da Força, onde existem vários mundos de luz superior imaterial que não pode ser confundida com a luz incandescente ou liberada pela eletricidade, que é um dos estados da força quando libera energia. Os mundos de luz pertencem ao Espaço Superior e é habitação dos espíritos desencarnados superiores, onde se trabalha incessante e ininterruptamente por todo o universo incluído o planeta Terra, que é privativo para a encarnação de espíritos que terão que processar sua meta evolutiva até chegar aos patamares superiores, já despojados de todos os atributos negativos, e fazem seu translado para esse espaço superior onde a Grande Luz se faz presente, irradiando, espargindo no seguimento do contexto Espaço, Tempo, confundindo-se tudo com o Todo.
Eis aí o pequeno desdobramento do Universo como Força e Matéria e a composição astral e física de cada criatura que o compõe.

(A autora é presidente da Filial Belo Horizonte, MG)


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