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A prevalência da concepção deísta da humanidade

Parte 1

Vantuil Fazollo

A humanidade, em pleno século XXI, é acometida, ainda, de erros milenares dos seres humanos que admitem a existência dos cognominados conhecimentos secretos, ligados a conceitos e sofismas de ordem religiosa, que versam sobre um deus corpóreo, tanto que tal concepção perdura, com fácil aceitação nos tempos hodiernos, em todas as religiões e, naturalmente, tais paralogismos só deixarão de existir quando restar esclarecida toda a população terráquea, com a evolução dos seres humanos, mediante os esclarecimentos que virão, quer queiram, quer não, através da meritória obra instituída pelo Racionalismo Cristão, em franca expansão no mundo Terra.

Na verdade, não existem conhecimentos secretos; há, isto sim, interesses secretos, que as religiões fazem questão de conservar, sem confessá-los, com o fito de não desiludir os povos, pois, no dia em que não mais prevalecer a arraigada e empoada concepção deísta, com conotações de divino e que inspira sentido adoratório, cairão, inapelavelmente, por terra todos os aparatos religiosos desse jaez.

É de todos sabido que foi o próprio homem "que imaginou, concebeu e criou os deuses. Criou-os mentalmente, com a forma humana e com as mesmas qualidades e defeitos que o homem possui". Ora, só os homens que não raciocinam e são arredios a pensamentos lógicos é que continuam atribuindo a um "deus" corpóreo, concebido à semelhança do homem, um poder absurdo, ligado a fantasiosos mistérios, embasados em inexistentes milagres e quadros sobrenaturais, que povoam a mente humana, principalmente daqueles que têm preguiça mental, não raciocinam e não pesquisam a veracidade dos fatos.

Tal "deus", nessas circunstâncias, seria uma entidade que promove castigos, é capaz de distribuir graças e até, de forma eterna ou temporária, condenar e absolver pessoas, quer sob a forma de súplicas emanadas diretamente dessas pessoas, quer sob a intervenção de um líder religioso que está à disposição para pensar pelos "carentes" que teriam cometido os "pecados" ou transgredido os preceitos religiosos.

Aliás, parafraseando os ensinamentos da Doutrina Racionalista Cristã, com rara felicidade o nosso saudoso Fernando Faria, discorrendo sobre esse tema, abordou em seu livro A Chave da Sabedoria, 2ª edição, às páginas 230/231, que o Racionalismo Cristão "ensina que os espíritos encarnados e desencarnados são Partículas Inteligentes emanadas do Grande Foco. Ele demonstra, também, ser o Universo constituído por Força e Matéria. A Força incita e movimenta todos os corpos e enche o espaço infinito de vida. A Força existe latente no reino mineral, é vida no reino vegetal e é vida e inteligência no reino animal. Força é a expressão empregada quando ela se associa à Matéria e Grande Foco significa o agente universal, na sua concepção infinita. Ninguém, por mais sofista que seja, poderá apontar em qualquer dessas duas expressões – Grande Foco ou Força –, a mais ligeira afinidade com o vocábulo deus, já tão desmoralizado pelo sentido mesquinho e materialista que lhe emprestam os adoradores de todas as religiões, e existem mais de 8 mil delas no mundo todo".

O autor é freqüentador da Casa Chefe


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