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A cura pelo espiritismo

Antonio Cristovam Monteiro

É verdade cristalina e incontestável que o espiritismo, tal como sabiamente o codificou o inigualável mestre Luiz de Mattos, na obra Racionalismo Cristão, é uma ciência – compreensão inspirada nos preciosos conceitos do notável médico Pinheiro Guedes em seu tratado Ciência Espírita, que definiu o espiritismo como ciência vasta e eclética. Teve o nosso Luiz de Mattos o condão de expurgar do espiritismo kardecista a prática de confabulação com os espíritos desencarnados. Bem entendido, a confabulação que leva a devaneios, aos descaminhos do espiritismo que desemboca na obsessão, a princípio branda, porém, ante-sala da loucura.

É sabido que a causa das, enfermidades físicas originam-se nas anormalidades psíquicas. Entra aí em ação a inexorável lei de causa a efeito. Causa: distorções psíquicas. Efeito: padecimentos físicos. Faz-se presente, pois, a necessidade primeira da conjugação da medicina espiritual com a terrena. Dedução lógica de que, enquanto não se normalizar o espírito, em vão lutará, por via de conseqüência, a medicina orgânica para a restauração da saúde do corpo físico. Mas, por vezes, o desgaste físico provoca sérias seqüelas ao organismo, e pouco ou mesmo nada pode fazer a medicina terrena. Contudo, em hipótese alguma se pode perder a esperança, da cura, não pela fé, mas esteada na firme convicção da recuperação física, que, se conseguida, é interpretada pelos leigos como milagre, palavra esta erradicada da literatura racionalista, porque vulneraria as leis imutáveis que tudo regem no Universo, e a elas, pois, tudo está sujeito.

Assim, os males físicos dimanam da leviandade do comportamento da criatura, no trato da vida terrena, pelo mau uso do livre arbítrio. A alimentação de pensamentos de ódio, malquerença, vaidade, fanatismo religioso, vícios e outras toxinas que debilitam o espírito, sobrecarregando a ação saneadora do perispírito e do duplo etéreo, desvirtuamento que, em última análise, reflete e ataca nocivamente o corpo carnal, ocasionando, destarte, os males físicos. A verdadeira cura espiritual se opera na prática dos princípios racionalistas cristãos, através da limpeza psíquica ministrada nas sessões públicas de doutrinação levadas a efeito no Centro Redentor, na sua Casa Chefe, filiados e correspondentes espalhados internacionalmente. Efluviação benéfica que proporciona o Astral Superior, reduto dos espíritos superiores, que devolve à criatura um estado mental de bem-estar, pelo esclarecimento das coisas sérias da estada terrena. Por essa prática, liberta, também, as criaturas dos botes traiçoeiros do astral inferior infestado de espíritos desencarnados em estado de profunda perturbação espiritual, que vagueiam pela atmosfera terrestre em total desconhecimento da desencarnação. Recebem, pois, as criaturas, dessa limpeza psíquica impulsos vigorosos de vitalidade física a espiritual.

Sábia, portanto, é a lição que encerra o dito popular Mens sana in corpore sano.

Há que ressaltar ainda os padecimentos físicos causados por fatos imponderáveis, como, por exemplo, aqueles desencadeados pelas forças da natureza, como vulcões, maremotos, tempestades e outros mais.

Distinguem-se, assim, os atos, estes derivados do mal uso do livre-arbítrio e os fatos, daqueles acontecimentos acima apontados alheios à vontade humana.

A lição derradeira que em tudo isso fica é a supremacia do espírito no relativismo da vida terrestre, como maravilhosamente, com precisão, ensina o Racionalismo Cristão, Doutrina única, portanto, na redenção da humanidade.

 

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