HISTÓRIAS DA HISTÓRIA
Miguel Ângelo
Paulino Pacheco
Miguel Ângelo Buonarrotti, escritor, poeta, escultor e pintor italiano, nasceu em Caprese, onde nasce o Rio Tibre, em Toscana, na Itália. Foi conhecido como um dos maiores artistas. Suas obras jamais foram igualadas por ninguém, pois na sua originalidade de concepção estão os traços característicos que lhe eram peculiares; ela causou admiração a todos os amantes da arte clássica, pela diversidade e caráter gracioso e sublime.
A mãe faleceu quando ele tinha seis anos, e ele foi criado pela mulher de um britador (homem que trabalha em máquina de quebrar pedras). Na escola, o menino só queria desenhar; na casa onde residia, desenhava nas paredes, e, por isso, levou muitas surras. Mas não se corrigiu; com toda esta rebeldia, o menino tinha mais entusiasmo para prosseguir na sua vocação artística.
O velho Buonarrotti, seu pai, com o objetivo de explorar financeiramente o menino rebelde, matriculou-o, aos 13 anos, no atelier dos famosos irmãos Ghirlandaio, em Florença, para receber lições de pintura.
Posteriormente o rapaz passou a freqüentar uma mansão, onde havia poetas, escritores e cientistas; em palestras com estas personalidades, ele se entusiasmou com as idéias de Platão e com os versos de Dante, despertando nele o interesse pela poesia, o que o levou a escrever 77 sonetos, que representam os sentimentos elevados de sua alma, e são as mais belas poesias italianas.
Sua primeira obra-prima foi produzida na Cidade Eterna: uma Madona amparando o corpo de Jesus Cristo.
Em 13 de setembro de 1501, o jovem Miguel começou a esculpir a estátua de David, só a terminando após dois anos e meio de trabalho; a efígie era tão perfeita, que ele teve como prêmio 400 florins de ouro.
Esculpiu, também, em mármore, a estátua do profeta Moisés, segurando as Tábuas da Lei.
Em dezembro de 1541, pela primeira vez, o público contemplou o afresco de Miguel Ângelo na Capela Cistina, intitulado "O Juízo Universal", sua obra mais importante. Foi trabalhada com muito sacrifício, pois ele todos os dias subia pela escada, e, no andaime, pintava o teto, deitado de costas.
Como as paredes da Capela Cistina ainda não tinham sido pintadas, outro Papa convidou o gênio da arte para um trabalho estafante, que durou sete anos, que foi a pintura "O Juízo Final".
Suas obras que apresentam aspecto calmo são os túmulos dos Médicis: Lourenço e seu irmão Giuliano.
Miguel Ângelo, já mais idoso e cansado, por algum tempo, gozou da amizade profunda da nobre dama Vittoria Colonna, confiando-lhe as suas idéias elevadas; com o falecimento de Vittoria, foi interrompida uma amizade bem vivida.
Miguel Ângelo iniciou nova carreira, a de arquiteto, aos 80 anos de idade. Foi designado, como estudante de arquitetura, para terminar a igreja de São Pedro, que estava sem telhado; projetou a grande cúpula do referido templo cristão, que cobriu de glórias a imponente basílica. Foi o fecho glorioso da vida do artista, a maior e mais bela abóbada do mundo, cheia de luzes, de vozes corais e sons de órgãos.
Como o trabalho demorou muito tempo para ser executado, ele aproveitou as horas vagas para projetar muitos edifícios na cidade de Roma, tais como museus, pontes, palácios e igrejas.
Finalmente, dizia: "Estou tão velho, que me sinto sem forças", e assim faleceu aos 89 anos, em 1664, em Roma, com muitas honrarias e grande riqueza.
Partiu para o Mundo de Luz, com uma idade muito avançada, trabalhando até o
final da sua vida física, sem nunca ter sofrido doença alguma, pois era um
homem de sentimentos elevados, trabalhava metodicamente, com certa disciplina,
gozando, deste modo de viver, de uma boa saúde durante a sua trajetória
evolutiva neste mundo de lutas, e assim deixou transparecer que teve vidas
pregressas bem vividas.
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