As quatro fases da vida, um espelho das estações do ano
Pompeu Aquino Cantarelli
Todos nós passamos pelas quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Na primavera, que é a encantadora quadra das flores, vemos extasiados o desabrochar da natureza; aí temos o período da infância, com a sua inocência, graça e beleza.
No verão, a temperatura é quente e suave, para que as criaturas sintam o calor e a alegria de viver; nessa fase temos a mocidade exuberante, explodindo de entusiasmo pela vida.
No outono, época das colheitas, o ser humano entra na plenitude da sua maturidade, quando busca a experiência e a sabedoria, com equilíbrio e bom senso.
O inverno, tempo da neve e do frio, podemos compará-lo à velhice, derradeira quadra da existência humana, ocaso da vida a sucumbir nas fímbrias do horizonte...
É na velhice que a criatura, após ter passado pelos outros quartéis da vida, vai perdendo o vigor físico, entrando na senilidade, até o instante da sua desencarnação, quando o espírito se liberta das peias da matéria e, se esclarecido, parte imediatamente para o seu mundo de luz.
Como um pássaro engaiolado que se liberta e parte gorjeando para bosque, assim é o nosso espírito, após a morte do físico, seguindo contente para o seu mundo de estágio, a que faz jus pela evolução conquistada em cada encarnação.
Nascer, viver e morrer são a nossa odisséia neste mundo; por isso, não nos angustiamos com a nossa próxima desencarnação e a receberemos com estoicismo e até com alegria, certos de que a morte não interrompe a vida real. Teremos, é claro, saudades dos familiares, dos amigos e companheiros na nossa grande caminhada em busca da eternidade.
Não obstante entrarmos naturalmente para o período degenerativo do nosso organismo, a velhice tem as suas compensações, pela maneira afetiva com que somos tratados pelos familiares, pelos amigos e até mesmo, às vezes, por estranhos, que nos chamam de vovô e nos cedem um lugarzinho no ônibus e no metrô.
Quando a criatura é metódica, disciplinada e sem vícios pode alcançar a longevidade com boa disposição, principalmente quando adota o regime ovilactovegetariano, rico em proteínas, sais minerais, acompanhado de um equilíbrio mental que controle as emoções, o raciocínio e os pensamentos.
A velhice é um estado normal da vida humana, mormente quando bem cuidada. Na alimentação, o importante é a escolha de produtos puros e naturais, sem conservantes químicos, sem aditivos e livres de contaminação por bactérias patogênicas.
A maioria das pessoas, quando moças, é extravagante e não pensa no que lhe reserva a velhice, com as implicações próprias dessa idade; todavia, podemos amenizar essas implicações com um viver simples, racional, prolongando a vida, com saúde e alegria.
Do livro Saber viver
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