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Poemas de Mário Brito Évora

Ilha do Sal - Cabo Verde

Avaliação do crime

Penso no perfurar com maldade
Daquelas mãos e pés de um homem condenado
Pelos homens, animais sem piedade,
Os mais ferozes de todo o mundo.

Penso no agüentar daquelas dores cruéis,
Muito mais do que insuportáveis!
Que terrivelmente se aumentaram,
Quando a cruz eles verticalizaram !

Penso naquela maldita lança
A perfurar-lhe o corpo maldosamente
Certificado de morte, sem esperança.

Penso no crime que ainda nos entristecce:
Pregar um ser, como se madeira fosse
Como se nosso irmão ele não fosse !

novembro de 1984

Desencarnaçao Prematura

Ele bem que tentou.
Baixar e reencarnar
Neste mundo, para continuar
A evoluçao que deixou

Um dia, até certo ponto.
Não encontrou, entretanto
Um meio muito favorável,
Nem mãe nem pai responsável.

Ele bem que tentou.
Mas a carência não deixou,
Mal cuidado, fraco e doente

Inanimado fisicamente
Ontem, de manhã, nos deixou
Mas antes muito sofreu !

30 de maio de 2001




Ilusão da matéria palpável

Na matéria estamos todos envolvidos
Mel amargo que nos atrai e nos agarra
Com estranhas forças sobre a terra,
Livra-se, do espírito precisamos ser, não falhados.

Da matéria estamos todos necessitados,
Mas não nos devemos deixar ser dominados,
É a mais grande isca do sofrimento
Existente neste mundo sangrento.

É uma roupagem perfeita, viatura, prisão,
Máquina, é uma forte ilusão.
Nos faz crer ser a verdadeira aparência e vida!

Não enganadora, quando a ignorância
Inexiste, a falsidade é repudiada,
E da tentação pusermos resistência.

8 de junho de 2001

 

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