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A longa caminhada

Tombado o corpo, o ser humano vira, sem se aperceber disso, ser astral e cai numa dimensão onde tudo é vida, uma vez que a vida é eterna. Nessa dimensão, em que as pressões terrenas não mais existem, o ser astral descobre que todo seu comportamento errado está registrado em sua essência...

A Força em si envolve a matéria e dela se afasta de tempo em tempo, cumprindo uma lei natural que exige que tudo evolua, que tudo caminhe, que tudo se aperfeiçoe. Essa Força em si é como uma fagulha de Luz provinda do Grande Foco de Luz, origem de tudo que tem vida e vem caminhando, já com seu livre arbítrio em ação, podendo caminhar para frente, podendo parar no tempo, atrasando sua caminhada, à moda de um aluno malandro que perde um ano e precisa repetir o ciclo uma vez, duas, quantas forem necessárias para atingir a meta desejada, mesmo caindo muitas vezes nessa longa caminhada, à moda de um rato, que tem um gato a persegui-lo. O rato corre, enfia-se num buraco e pode até cair na boca de outro gato no seu correr desesperado, mas corre. Para ele, o essencial é esconder-se, custe o que custar.

Se em vez de um rato for um homem e em vez de um gato for o comportamento desse homem, nota-se que o homem corre por toda parte. Viaja para aqui, ali e acolá, na ilusão de que do outro lado ninguém conhece seu comportamento e suas fraquezas.

Ao descobrir que a consciência continua pesada, apesar do ir e vir, vem a tola idéia do suicídio, pensando ser a morte a solução, esquecendo-se de que a morte física não é o cortar de todos os laços. Tombado o corpo, o ser humano vira, sem se aperceber disso, ser astral e cai numa dimensão onde tudo é vida, uma vez que a vida é eterna. Nessa dimensão, em que as pressões terrenas não mais existem, o ser astral descobre que todo seu comportamento errado está registrado em sua essência, como uma ferrugem agarrada ao ferro, e descobre, ainda, que essa ferrugem incomoda, machuca, fere e sente que o único meio de esconder tudo é voltando ao planeta terra em nova viagem, com novo corpo, para o qual será transferida a mazela que tanto incomoda o espírito e aqui, se se descuidar, tudo volta ao que era antes e, quando menos esperar, erros e mais erros novamente serão cometidos.

Nesse longo jornadear, o espírito conhece a fome, a miséria, o crime, a loucura, as desilusões, até que aprenda a fazer uso consciente da Vontade e do Pensamento e aí, com alegria, descobre que somente a Verdade faz o homem livre!

Começa então realmente a felicidade, esse patrimônio que dá brilho, colorido e vida à nossa vida. Todo mundo tem esse direito e a demora em descobrir esse tesouro é do próprio ser humano que prefere que outros raciocinem por ele.

Planeta Terra, aprenda a dar valor ao que valor tem!

Aquiles Moisés dos Santos
Belo Horizonte, 9 de junho de 2001

 

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