O homem, a mulher e o mundo
Aquiles Moisés dos Santos
A criança gerada nesse clima de compreensão nasce e, se no lar continua recebendo amor, amor doação, amor compreensão, ao tornar-se adulto, saberá que na Terra a felicidade não é ausência de lutas, de aborrecimentos, mas de capacidade para contornar tudo isso e saber plantar o esclarecimento onde ele não estiver. |
Ninguém sabe ao certo quando, mas o homem e a mulher vêm caminhando juntos há muito tempo e juntos vêm rindo e chorando. A viagem a dois é o melhor caminho para a realização de todos os sonhos dos seres humanos. Um funciona como estímulo para o outro, dando alegria, entusiasmo e carinho. A Terra é a arena onde os dois tecem seu viver de manhã de um dia à manhã do dia seguinte e aí vai. O homem sempre vencendo através da mulher e a mulher sempre vencendo através do homem. Ambos têm sensibilidades diferentes, ambos precisam de apoio um do outro. O comando dentro do lar é dos dois. Um tem de ser a fortaleza do outro. É como o arco e o violino que precisam agir juntos, para haver orquestração. Nenhum dos dois pode criar a vida, mas ambos podem transmitir vida e cuidar da vida. Ser pai e ser mãe é ter capacidade de educar-se, para educar, pois os filhos na certa aparecerão no núcleo formado.
A mãe, quando de boa formação, ao descobrir que existe vida dentro dela, já começa enviando um diálogo de amor para o filho no seu ventre. Conversa com ele. Canta para ele. Fala do mundo cá de fora do útero e o pai deve estar consciente desse diálogo e dele participar também, porque a educação da criança é como uma árvore gigantesca, com suas raízes fincadas dentro do lar. Seu tronco e galhos apontados para as escolas e suas flores e frutos espalhados pelo mundo.
A criança gerada nesse clima de compreensão nasce e, se no lar continua recebendo amor, amor doação, amor compreensão, ao tornar-se adulto, saberá que na Terra a felicidade não é ausência de lutas, de aborrecimentos, mas de capacidade para contornar tudo isso e saber plantar o esclarecimento onde ele não estiver.
Até hoje a educação que o mundo mais conhece parece-se com bolhas de sabão que sobem, enfeitam os ares, fazem muita aparência, mas somem logo, porque o mundo está acostumado a uma educação mais voltada para combater os efeitos e não as causas, onde as autoridades constituídas cometem verdadeiros deslizes, porque aprenderam que Deus tudo perdoa, que errar é humano e um erro vai conduzindo a outro.
O mundo científico continua avançando e ajudando muito a humanidade, mas o mundo científico, por cautela, ainda olha e vê através de uma janela que só reconhece como verdadeiro o que se pode ver e apalpar. Se desabou um edifício, lá estão as máquinas filmadoras que geram as imagens e as projetam nas televisões e todo mundo vê o que aconteceu e o mesmo se dá com um órgão do corpo humano que pode ser visto, estudado e substituído por outro pela medicina, mas depois de localizado pelas máquinas.
O mundo espiritual tem outro tipo de leis e cada um sente que a coisa deu certo ou não deu. A gente descobre que se pode criar em nossa volta um clima de paz, de alegria, de felicidade relativa, mas isso só é real para a pessoa, porque pertence a outra dimensão e a ciência terrena, mesmo sabendo disso, ainda não pode filmar a outra dimensão, onde a Luz Espiritual se desloca, como a luz material, numa velocidade de 300 mil quilômetros por segundo.
Os grandes do passado, Sócrates é um deles, recomendavam o conhecer-se a si próprio e que a única educação digna desse nome é a educação da alma individual. Outro grande expoente da ciência, Albert Eisntein afirmou categoricamente: "Ciência sem religião é paralítica; religião sem ciência é cega. Existem duas coisas infinitas: O universo e a tolice dos homens. Eu penso 99 vezes e nada descubro – deixo de pensar e eis que a certeza me da dada."
O novo homem precisa valorizar ciência e a religião, não no sentido místico, mas no seu sentido real de religar o homem à sua origem. Ninguém é da Terra. Todos viemos de outra dimensão e somos seres espirituais vivenciando uma experiência humana.
Felizmente, entre as várias correntes boas que estão por aí, o mundo já conta com uma escola essencialmente espiritualizadora chamada Racionalismo Cristão, diretamente na Terra desde 1910, que ensina o ser humano a ter os pés na Terra e a mente no mundo moral, onde existem seres espirituais de alta evolução e que aqui vêm, como um raio de Luz, bastando que o ser humano saiba religar-se a eles pensando bem e agindo bem.
O Racionalismo Cristão é uma doutrina científica que nos faz chegar, pela compreensão, onde o materialismo religioso e o científico ainda não poderão alcançar, mas vão lá chegar em época oportuna, porque tudo caminha.
Aquiles Moisés dos Santos
Belo Horizonte, 25 de outubro de 2003
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