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Física e Espiritualismo

Tathiana Moreira

A partícula de Força tem sua origem na Inteligência Universal, separa-se dela, sem contudo se dividir, e vem aos mundos materiais para galgar os caminhos da evolução. Esses mundos foram feitos para nós, partículas, pelo Grande Foco e, estudando, sabemos que Força e Matéria são os únicos componentes do Universo.

Tudo se compõe de átomos e neles estão, pois, as menores partículas da Força Criadora. Cada uma tem seu caminho evolutivo para seguir passando por todos os reinos naturais do planeta e procurando a libertação da matéria. O núcleo de força, partícula inteligente, começa sua evolução animando átomos de gases e substâncias livres na forma de agrupamentos atômicos organizados, sem contudo formarem uma criatura, visto que podem mudar o tipo de organização não perdendo sua identidade individual, como se percebe nas reações químicas.

Seguindo a sua evolução, as partículas de Força, passam a atuarem nos átomos das rochas, depois nos átomos de plantas, de animais, para, então, poder animar corpos de seres de ínfima espécie, que são os vírus. Esses seres são as criaturas vivas mais primitivas, possuindo caracteres vitais muito restritos e dependendo obrigatoriamente de parasitar células para sua própria reprodução.

Ao imaginar um átomo, os cientistas criaram um modelo que atendesse ao que é observado em experiências práticas, inclusive muitas das quais são vivenciadas em nosso dia-a-dia e não somente em laboratórios. O modelo adotado recebeu o nome de planetário: um núcleo (sol) e elétrons (planetas) girando em torno dele.

Em volta do núcleo existem órbitas, ou níveis de energia, que é onde giram os elétrons. Ao fazer com que um elétron mude de sua órbita, surgirá outra, posto que para ela existir é necessário ter elétron para ocupá-la e ser permitida pela própria natureza dos átomos, pois em todos eles as órbitas possíveis já são pré-determinadas. Existem lugares nos átomos em que não é permitida a permanência, ou mesmo a passagem de elétrons, ou seja, há lugares entre uma órbita e outra onde não se pode encontrar nenhum elétron.

Como o elétron não pode passar entre um nível energético e outro, então ele se desintegra deixando de ser matéria, toma a forma de energia e translada de uma órbita à outra. Ao chegar no nível visado ocorre um processo inverso retomando-se a forma material. Na prática observam-se elétrons "sumirem" e "reaparecerem" em outro lugar ao realizarem uma transição eletrônica.

Quando pensamos em átomos, o que nos vem em mente é que prótons e elétrons são bolinhas maciças, como as de gude, o que dificulta o entendimento desse fato. Na verdade essas bolinhas não são tão estáveis assim. Uma comparação mais feliz pode ser feita com bolinhas de naftalina que, quando aquecidas, passam diretamente do estado sólido para o gasoso. Da mesma forma que não podemos ver a naftalina em estado gasoso, os elétrons quando em estado de energia não podem ser detectados pelos aparelhos científicos e por muito tempo não se soube como a mudança de nível se processava.

Os prótons, como os elétrons, também podem se transformar em energia e isso se observa quando partículas emitidas pelo núcleo de materiais radioativos são direcionadas para átomos de um determinado material. Ao atingirem o alvo, eles se partem emitindo também partículas nucleares e assim sucessivamente, o que se torna uma cadeia controlada ou não. Tal cadeia quando controlada produz energia nos reatores de usinas nucleares para a geração de energia elétrica, quando não controlada é o caso das bombas atômicas.

A energia desprendida dessa reação vem do fato de que as partes do átomo bombardeado com partículas nucleares nunca possuem a mesma quantidade de partículas que o átomo original e para onde iam essas partículas era preciso descobrir, "já que nada se perde e nada se cria". Como "tudo se transforma", descobriu-se que na verdade as partículas faltantes haviam deixado de ser matéria para tornarem-se energia. A energia da bomba atômica, que destrói rapidamente vastas áreas, é uma pequena porção de matéria que se transformou.

Outro fato interessante é o que se dá na interação da luz com um metal, denominado de efeito fotoelétrico. Foi observado, muito tempo atrás, por alguns cientistas que quando luz de determinada freqüência incide sobre uma dada superfície metálica esta emite elétrons em alta velocidade. Nessa época, a luz era considerada como uma onda eletromagnética, teoria pela qual não se pode explicar o efeito apreciado. Foi então admitida a idéia de que a luz não era apenas energia se propagando sem transporte de matéria, tal como é a definição de onda, A LUZ TEM MASSA.

Às partículas de luz deu-se o nome de fótons e o efeito fotoelétrico foi explicado da seguinte forma: ao incidir luz sobre uma superfície metálica os fótons atingem os átomos e são absorvidos pelos elétrons. Como os elétrons se tornam muito energéticos, já que os fótons também oscilam entre matéria e energia, lançam-se, os elétrons, para fora do átomo com grande velocidade.

Para que um elétron mude de nível de energia é preciso que haja uma perturbação em seu estado inicial. O que ocorre com o elétron é absorção de fótons, pois ao incorporar um fóton ele torna-se instável e transforma-se em energia, indo para o nível mais externo, por isso mais energético, retomando seu estado material. Porém o elétron não pode ficar para sempre em uma órbita que não é sua e devolve ao meio o fóton que absorveu ficando instável e realizando o percurso inverso de forma análoga. A emissão de fótons por elétrons gera luz, a que acende ao ligarmos o interruptor. Nesta situação, a perturbação é provocada pela corrente elétrica que passa pelo filete metálico na lâmpada comum, ou perturbam os elétrons dos átomos de gases presos dentro da lâmpada que é o caso das fluorescentes.

Pensamentos são formas de energia e irradiam como ondas eletromagnéticas alterando a aura e também o meio no qual se encontra inserido o ser pensante. Essa forma de energia gera matéria quintessenciada, benéfica ou não dependendo da natureza do pensamento que a gerou. A aura é o campo eletromagnético do ser e, como um imã, atrai para si tudo o que vibrar com freqüências próximas, assim os próprios pensamentos emitidos prendem-se a ela, e enquanto os sentimentos permanecerem com a mesma natureza ficaram aí encrustados. E é por isso que um espírito do astral inferior se encontra denso e pesado, pois a matéria gerada por seus pensamentos insalubres é da mesma natureza pesada.

Pode-se concluir, então, que matéria e energia estão intimamente ligadas podendo uma tomar a forma da outra, ou seja, a energia pode se condensar em matéria e esta se desfazer em energia.

Sabendo disso e lembrando que no átomo está a menor partícula de força, pensamos: "Onde entram os fótons na trajetória evolutiva?". Sabemos, por dedução lógica, que seria no extremo inicial da evolução e tentamos reconstituir os fatos desde o início da evolução.

A Inteligência Universal gera energia que satura o Cosmos Infinito. Essa energia dá origem às galáxias, sistemas solares e tudo mais que possa existir pelo Universo afora. O início de uma galáxia é o estado de nebulosa. Essa palavra nos faz lembrar de nuvem e é essa a idéia que queremos explorar porque ela é mesmo como uma nuvem de energia. Quando olhamos para o céu vemos nuvens branquinhas e, se é tempo de chuva, elas se vão tornando cinzas, escurecendo até que a chuva caia. O mesmo ocorre em uma nebulosa que gira sobre si mesma com velocidades tremendas e a energia vai se tornando matéria e com isso a velocidade vai diminuindo. Os fótons e as partículas subatômicas se formam nesta construção e, assim que nascem os primeiros átomos, temos a presença de partículas Inteligentes em evolução que começam a seguir seu caminho evolutivo.

Tathiana Moreira
Belo Horizonte, 25 de janeiro de 2001

 

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