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Experiência e aprendizado

Julio César do Nascimento

Experiências temos todo o tempo enquanto encarnados. Ao despertar para a vida em corpo físico e mesmo antes, durante a gestação, o espírito vem gravando no seu corpo astral e, por conseguinte, na memória do órgão físico de manifestação do pensamento, o cérebro, bem como na memória celular, pouco a pouco identificada pela ciência, as sensações e reações mais adequadas conforme a sua interpretação para sobreviver com bem estar. O que aprendemos com estas experiências, e as modificações que conseguimos operar na nossa personalidade e consolidar no acervo do nosso caráter, este é o resultado que o espírito colhe avaliando a existência ao término de mais um ciclo encarnatório.

O que transforma experiência em aprendizado senão a consciência da razão de cada fato ou atitude frente a uma coleção de preceitos que acumulamos durante a vida?

Quanto deste aprendizado ou falso aprendizado é acumulado por conta de preceitos equivocados ou desatualizados? Ao encarnar, pretendemos e traçamos um plano vencedor, trazemos um compromisso e apoios para auto superação e esperamos poder aprender e apreender com as experiências.

O que então se interpõe entre nós e o nosso objetivo e faz perder tempo ou mesmo a encarnação? Acredito ser a falta de consciência, ou seja, a falta de percepção ou a percepção distorcida sobre o que vai por detrás das aparências. As experiências são programadas ou ainda resultado da ação de nosso livre arbítrio e o de outros encarnados, mas, raramente são de fácil e imediata interpretação, posto que operam dentro de um ciclo, mas muitas vezes são resultado de ações desenvolvidas ou iniciadas noutro ciclo encarnatório.

Se é assim, como identificar o objetivo e a forma adequada de reagir a determinada experiência? Observando e analisando nossas falhas de caráter ou desvios de conduta, conseguimos vislumbrar o que pretende a experiência nos ensinar, pois não há imperfeição que não se revele à observação isenta e cuidadosa, assim como não ocorre experiência necessária que não esteja relacionada a alguma imperfeição a ser trabalhada.

Buscamos assim ser perfeitos? Pretender no mundo em que vivemos, e a partir de uma visão falha e incompleta da natureza e leis universais, ser perfeito é uma presunção e equívoco próprio de seres inconscientes da longa caminhada que separa o ser encarnado da magnificência do espírito em planos superiores. Mas buscar a perfeição em cada pensamento, palavra ou ação é a disposição que nos põe em vibração harmônica com o nosso eu espiritual e com as Forças Superiores, para que estas possam, com suas intuições e fluidos positivos, nos auxiliar na caminhada árdua como encarnados e na vigilância constante para transformar as experiências que nos são propiciadas em aprendizado válido e reformador.

Julio César do Nascimento
O autor é militante da Filial de Butantã,  São Paulo, 
São Paulo, abril de 2002

 

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