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"A vida fora da matéria", como surgiu o livro

Heloísa Corrêa Lima Santos

Sempre assistentes antigos ou alguém de minha família e até mesmo amigos, emprestam-me obras antigas. Que felicidade! São preciosidades, tesouros imperecíveis, fontes cristalinas, bálsamos para essa vida tão cheia de desconfianças e segundas intenções. São momentos em que os nossos Espíritos sentem o que seja realmente a vida neste planeta Terra.
Todos que admiram os Mestres Luiz de Mattos, Luiz Thomaz e Antônio Cottas sentirão como a luta pela implantação da Doutrina Racionalista Cristã foi doída, foi atroz. Mas estes Guerreiros, revolucionários, que trabalharam e trabalham pela transformação, evolução das criaturas e do planeta, jamais esmoreceram.
Sintam, então, a alegria e a felicidade que tive:
"Os netos de Luiz de Mattos, Leonor e Humberto da Câmara Leite, ambos crianças, tinham vidência desenvolvida e muito concorreram para a constatação de fenômenos que obrigaram o Mestre Luiz de Mattos à análise e a estudos sérios sobre a vida fora da matéria". "Essas crianças faziam descrições de parentes, há muito desencarnados, e, nas sessões de Limpeza Psíquica, falavam dos Espíritos do Astral Superior, presentes às sessões, o que, muitas vezes, era confirmado pela sra. Amélia de Mattos Thomaz, sobrinha de Luiz de Mattos e esposa de Luiz Alves Thomaz."
Um médium, assediado por espíritos inferiores, homem de cultura, começa a escrever insistentemente a Luiz de Mattos, para conseguir se livrar de tantos tormentos e assédios inferiores. Este médium conta que em meados de 1918, ao final da primeira grande guerra, houve uma peste chamada "Peste de guerra", onde havia desencarnado uma jovem, a qual havia sido noiva desse médium, aluno da Escola de Bellas Artes e, sendo ele médium vidente e auditivo, esta moça o perseguia.
Após escrever muitas cartas ao Centro Redentor, foi respondido a ele que freqüentasse três sessões de limpezas psíquicas. Feito isso, Luiz de Mattos atendeu a este jovem após a limpeza psíquica que, nesta época, também eram feitas pela manhã, nas Casas Racionalistas. Atendeu-o no horário de atendimento ao público, como está na prática desta Doutrina.
Conta ele, então, sua odisséia triste e que uma voz o havia dito: "Procure o Centro Redentor".
Continuando a freqüência aos trabalhos de sessões públicas, ele próprio constatou sua ex-noiva ser apanhada na rede fluídica e ser levada ao seu mundo próprio. Mas, espíritos inferiores, que não dão trégua, aproveitando-se de sua fraqueza, criam um duplo etéreo, isto é, tomam a mesma forma da ex-noiva para continuar a obsedá-lo.
Esse cidadão, após ser esclarecido, foi-lhe permitido morar nas dependências do Centro Redentor, desde que mantivesse a mais absoluta disciplina aos Princípios Doutrinários.
Aluno de Bellas Artes, começa, então, a prestar grandes serviços ao Mestre Luiz de Mattos, dando início à obra A vida fora da matéria, isto em 1924.
Quando se forma, esta criatura se envaidece e começa a sair dos princípios, sendo, assim, dispensado dos trabalhos da Doutrina. Quis voltar, a alma bondosa de Luiz de Mattos o desculpou, mas não pôde mais morar nas dependências do Centro Redentor.
Sucedido tudo isso, o Astral Superior dá ordens ao mestre Luiz de Mattos que mandasse chamar o professor A. Baldissara e que contratasse a confecção dos quadros que faltavam para a conclusão da obra A vida fora da matéria, mas esse trabalho deveria ser feito em gabinete fechado e, após assistir à Limpeza Psíquica da manhã. Deveria manter-se calmo e só se pusesse a trabalhar em seu gabinete.
Assim foi feito e combinado, e tudo seguia à melhor ordem quando, em 15 de janeiro de 1926, às seis horas da manhã, desencarnava Luiz de Mattos.
Mesmo sendo o Astral Superior quem faz, superintende e pratica o Espiritualismo Racional e Científico Cristão, no Centro Redentor e seus Filiados, os primeiros momentos sem o Grande Timoneiro físico, foi de sérias apreensões para os dirigentes materiais do Centro. Mas, intuídos pela Plêiade do Astral Superior e pelo próprio Luiz de Mattos, seguiram-se os trabalhos, normalmente.
Devemos lembrar que além da falência do primeiro médium, muitos outros também faliram, todos que trabalhavam para legar à humanidade a verdade da vida fora da matéria.
Como todos sabem, o astral inferior não dá trégua. Muitos não se contiveram e aos poucos começaram a se deixar influenciar pelo astral inferior e foi a derrota de todos e, devemos ressaltar, que um desses médiuns foi um belíssimo instrumento do Astral Superior que também não soube se conter (vaidade).
Com a obra pronta, as criaturas saberiam a causa dos infortúnios, desgraças, infelicidades e por que criaturas são, anos a fio, verdadeiras, fiéis, cheias de virtudes, boas, sensatas, raciocinadoras, valorosas e honradas e, quando menos se espera, estão em chagas morais, mistificando, desvalorizando-se, dia a dia, vendo apenas o Eu material.
Por que desertar-se da mais bela das Doutrinas, a Doutrina da Verdade, a única que nada pede, e tudo dá:
· Dá-nos o Esclarecimento;
· Dá-nos a Liberdade Espiritual;
· Dá-nos o Conhecimento da Vida Real;
· Dá-nos a Clarividência do Espírito;
· Dá-nos a certeza da imortalidade da Alma;
· Dá-nos a Compreensão das Leis Naturais e Imutáveis que a tudo regem.
· Convence-nos de que nada mais existe no Universo do que Força e Matéria e, de que esta é a composição do ser humano e é Ela ainda que nos demonstra que quem o bem ou o mal faz, para si o estará fazendo.
Estes princípios e tudo que da verdade partam, são inalteráveis e constatáveis na Terra, pois estão sujeitos à Lei de Atração, aquela que aciona o pensamento, sendo certo que duas correntes existem: a do Bem e a do mal.
As do Bem são orientadas pelas Forças Superiores, as curadoras da natureza. As do mal são empestiadas e deletérias, produzidas pelo astral inferior.
Então, se pensar é atrair, cada um é aquilo que pensa e faz.
Mas, voltando à confecção da obra A vida fora da matéria: Feitos todos os quadros e vencidos os obstáculos, o texto da obra pronto, é ordenado pelo Astral Superior que se leve os quadros para um gravador competente, mas, quando lá chegavam, para ver o andamento das coisas, recebem desculpas e mais desculpas. Não haviam feito o trabalho porque o funcionário competente havia adoecido e as máquinas desarranjavam-se. E, nesses agravos, passam-se mais dois anos, até que, após incansável luta, a obra ficou pronta.
Deve-se ressaltar que somente as gravuras e o trabalho do artista, sem contar a impressão, ficaram em cento e cinqüenta mil réis e todos achavam que a obra deveria ser vendida por duzentos mil réis. A ordem do Astral Superior foi de que a obra fosse vendida a "cinqüenta mil réis".
Levaram mais quatro anos para que esta obra chegasse às mãos daqueles que queriam esclarecer-se. Foram oito anos de lutas incansáveis.
Grandes apreensões tiveram todos que para ela trabalharam.
Sentimo-nos gratos ao Astral Superior e a todas as Partículas que tanto bem nos querem, dando tudo para que possamos alavancar nossa Evolução, tornando-nos responsáveis também, para nos aproximarmos daqueles de boa vontade e até empedernidos, e com a alma elevada, falarmos de uma Grande Mudança que cada um pode promover na sua vida.
Assim foi, é e será sempre a nossa Grandiosa Doutrina, O RACIONALISMO CRISTÃO.
Quis dividir convosco o bem estar que este estudo nos proporcionou.
Com as vibrações espirituais dos Mestres Luiz de Mattos, Luiz Alves Thomaz e Antônio Cottas, agradeço vossa atenção.

A autora é Auxiliar de Presidência, da Filial Belo Horizonte, MG. Junho de 2004. Este estudo foi tema de um de nossos Encontros de Estudos Dirigidos.

 

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